domingo, 1 de setembro de 2013

Early summer nostalgy

É perante o meu último dia de férias (oficialmente), com uma saudade adiantada, que escrevo sobre o meu curto, embora fantástico e revitalizador, verão.

Parece que foi ontem que entreguei o meu último exame com um sorriso estúpido na cara, que insistiu em ficar durante o caminho até casa, onde finalmente arrumava toda a tralha comprovativa de uma época para lá de exaustiva.
Naqueles primeiros momentos de liberdade tudo na minha mente eram planos, espectativas, uma lista infinita de possibilidades. Agora que tinha todo o tempo do mundo, eu queria fazer tudo, ir a todo o lado. Era uma felicidade contagiante, só apetecia gritar “wohoooo!”. Queria apanhar sol até ficar irreconhecivelmente bronzeada, queria vingar todas as horas que estivera afastada intelectualmente do amor da minha vida, queria rever grandes amigos, queria viajar para todos os lados e mais alguns, queria dedicar tempo à minha beleza, queria ler, exercitar-me, comer bem, e para além disto tudo, queria dedicar algum tempo ao puro ócio, uma tardezinha por outra a desfrutar da oportunidade de não ter de fazer absolutamente nada!
No fundo eu sabia que não ia ser bem assim - o tempo não cresce nas férias, ao contrário da moleza.
Primeira semana – eu não seria eu se não pusesse os meus pezinhos na areia na primeira semana de férias, e assim foi. Não na areia da praia, mas sim na areia de um dos sítios mais belos de Coimbra, um refúgio á beira-rio, com a melhor companhia possível. Eu e ele, dois colchões de ar, um rio calmíssimo e uma bela harmonia, que adiava o medo das saudades que estariam para vir.

Chega então a hora de passar uns tempos na terra natal, no berço dos papás, que embora nem sempre o demonstrem, morrem de saudades da filhinha. Confesso que também já sentia alguma saudade de estar naquele ambiente terno, numa casa onde raramente estou sozinha. Talvez por isso o tempo que passo sozinha seja mais valorizado aqui, e verdade seja dita, é sempre melhor ter um tempinho para nós por livre e espontânea vontade, e não por falta de companhia. Os dias passam depressa, acordo tarde sem obrigações, vagueio pela internet, leio uma revista à beira da piscina, cozinho, preencho o vazio que o meu quarto sente o ano inteiro.

Eis que chega a quinzena mais esperada – Uma bela semaninha na praia e outra no melhor festival do verão. Na verdade até podia ser no sítio mais degradante do mundo, desde que a companhia se mantivesse. Mas ter a companhia certa e a magnifica vila de Cascais, com todos os seus encantos e paisagens em redor, é ainda melhor.
Foram as primeiras férias que passei com o amor da minha vida. Sabia que ia ser tudo perfeito, e assim foi. Passámo-las com outro amor da minha vida, a minha big sister. Foi uma semana excelente, o tempo ajudou. Praia de carcavelos, passeio pelo Guincho, um dia no paraíso das Berlengas, uma ida ao Jardim Zoológico, à noite umas cervejas nos bares, uma noite linda na discoteca Tamariz, um belo passeio pelas ruas de cascais, um jantar romântico ou uma noite a quatro no sofá a ver um filme.  Foi perfeito, e todos os dias sinto um pequeno aperto de saudade de tudo, principalmente da viagem diária pela marginal, onde a paisagem parece que nos acalma a alma.





O melhor era saber que no final de uma fantástica semana partiríamos rumo à bela costa alentejana, para outra grandiosa semana de muita música, diversão e belíssimas praias. Tal como esperado, o Meo Sudoeste superou mais uma vez as espectativas. Éramos 4 almas numa casa excelente, pertíssimo do recinto. Era de facto ótimo não ter de acordar numa tenda às 9 da manhã a morrer de calor, mas por outro lado só pusemos os pés na areia da praia da Zambujeira do mar uma vez.

Os dias eram moles, as noites eram agitadíssimas. Cada noite e o que ela traria era um mistério. Podia trazer alegria ou tristeza, boa ou má disposição, sorte ou azar. O importante é que, acontecesse o que acontecesse, no final valeu a pena.



Os azares foram vários: máquina fotográfica avariada no primeiro dia, um telemóvel na sanita, um telemóvel perdido (com todas as fotos que tinham sido tiradas em substituição da máquina). Ora por tudo isto, as recordações em imagem são quase inexistentes. So what? Na minha memória ficará para sempre a recordação daquela que foi uma das melhores semanas da minha vida, com umas das melhores pessoas da minha vida!

A pior parte de ter umas férias excelentes é que elas chegam ao fim. Normalmente eu fico muito deprimida quando regresso à rotina pós-férias. Este ano foi diferente. Este ano eu sabia que chegara ao fim aqueles dias no paraíso, onde a bela vita reinava, mas dentro de mim sentia um conforto só por terem existido. E acima de tudo sabia que a principal contribuição para a excelência das férias, a companhia, permaneceria na minha vida daí para a frente.


Verão 2013, soube a tanto e a tão pouco.

3 comentários:

  1. Parece ter sido realmente umas ferias muito divertidas..

    Bjokas
    http://estrelinha-estrelasbrilhantes.blogspot.pt/

    ResponderExcluir
  2. Tiveste umas férias bem boas!
    Descobri agora o teu blog e adoro!

    ResponderExcluir